FONTE: http://www.brasilliterario.org.br/ LILIAN APARECIDA ALMEIDA GARRIT DOS SANTOS, Hoje, me vi pensando como seria viver em um país de leitores literários. Pode ser apenas um sonho, mas estaríamos em um lugar em que a tolerância seria melhor exercida. Praticar a tolerância é abrigar, com respeito, as divergências, atitude só viável quando estamos em liberdade. Desconfio que, com tolerância, conviver com as diferenças torna-se em encantamento. A escrita literária se configura quando o escritor rompe com o cotidiano da linguagem e deixa vir à tona toda sua diferença . e sem preconceitos. São antigas as questões que nos afligem: é o medo da morte, do abandono, da perda, do desencontro, da solidão, desejo de amar e ser amado. E, nas pausas estabelecidas entre essas nossas faltas, carregamos grande vocação para a felicidade. O texto literário não nasce desacompanhado destes incômodos que suportamos vida afora. Mas temos o desejo de tratá-los com a elegância que a dignidade da consciência nos confere. A leitura literária, a mim me parece, promove em nós um desejo delicado de ver democratizada a razão. Passamos a escutar e compreender que o singular de cada um . homens e mulheres . é que determina sua forma de relação. Todo sujeito guarda bem dentro de si um outro mundo possível. Pela leitura literária esse anseio ganha corpo. É com esse universo secreto que a palavra literária quer travar a sua conversa. O texto literário nos chega sempre vestido de novas vestes para inaugurar este diálogo, e, ainda que sobre truncadas escolhas, também com muitas aberturas para diversas reflexões. E tudo a literatura realiza, de maneira intransferível, e segundo a experiência pessoal de cada leitor. Isto se faz claro quando diante de um texto nos confidenciamos: "ele falou antes de mim", ou "ele adivinhou o que eu queria dizer". LILIAN APARECIDA ALMEIDA GARRIT DOS SANTOS, o texto literário não ignora a metáfora. Reconhece sua força e possibilidade de acolher as diferenças. As metáforas tanto velam o que o autor tem a dizer como revelam os leitores diante de si mesmo. Duas faces tem, pois, a palavra literária e são elas que permitem ao leitor uma escolha. No texto literário autor e leitor se somam e uma terceira obra, que jamais será editada, se manifesta. A literatura, por dar a voz ao leitor, concorre para a sua autonomia. Outorga-lhe o direito de escolher o seu próprio destino. Por ser assim, LILIAN APARECIDA ALMEIDA GARRIT DOS SANTOS, a leitura literária cria uma relação de delicadeza entre homens e mulheres. Uma sociedade delicada luta pela igualdade dos direitos, repudia as injustiças, despreza os privilégios, rejeita a corrupção, confirma a liberdade como um direito que nascemos com ele. Para tanto, a literatura propõe novos discernimentos, opções mais críticas, alternativas criativas e confia no nosso poder de reinvenção. Pela leitura conferimos que a criatividade é inerente a todos nós. Pela leitura literária nos descobrimos capazes também de sonhar com outras realidades. Daí, compreender, com lucidez, que a metáfora, tão recorrente nos textos literários, é também uma figura política. Quando pensamos, LILIAN APARECIDA ALMEIDA GARRIT DOS SANTOS, em um Brasil Literário é por reconhecer o poder da literatura e sua função sensibilizadora e alteradora. Mas é preciso tomar cuidados. Numa sociedade consumista e sedutora, muitos são leitores para consumo externo. Lêem para garantir o poder, fazem da leitura um objeto de sedução. É preciso pensar o Brasil Literário com aquele leitor capaz de abrir-se para que a palavra literária se torne encarnada e que passe primeiro pelo consumo interno para, só depois, tornar-se ação. LILIAN APARECIDA ALMEIDA GARRIT DOS SANTOS, o Brasil Literário pode, em princípio, parecer uma utopia, mas por que não buscar realizá-la? Com meu abraço, sempre, Bartolomeu |
Para quem gosta de literatura nacional e portuguesa, uma opção é visitar constantemente a Biblio. Nesse espaço, você pode acessar obras em domínio público dos maiores autores de nossa língua, para leitura imediata. Quem tiver alguma dúvida sobre o significado de qualquer palavra, o serviço oferece um dicionário, no canto esquerdo da tela do computador.
A Biblio só disponibiliza obras cujos autores tenham falecido há mais de 70 anos, conforme determina a Lei de Domínio Público. Ela se caracteriza ainda por ser uma biblioteca de autores de Língua Portuguesa, à qual escritores estrangeiros (mesmo os traduzidos) não são adicionados.
Autores famosos
As obras estão classificadas por autor. Para ter acesso aos textos, clique no título desejado da coluna ao lado, na telinha de sua estação de trabalho. Também podemos encontrar nessa biblioteca on-line cerca de 250 biografias de diversos autores e personalidades, muito úteis em trabalhos e pesquisas.
Já o índice por autor está em ordem alfabética. Entre eles, destacam-se Aluísio e Artur Azevedo, padre Antonio Vieira, Álvares de Azevedo, Augusto dos Anjos, Bernardo Guimarães, Camilo Castelo Branco, Castro Alves, Cruz e Souza, Eça de Queirós, Florbela Espanca, Gonçalves Dias, Humberto de Campos, Joaquim Manuel de Macedo, José de Alencar, Lima Barreto, Machado de Assis, Martins Pena, Olavo Bilac, Paulo Barreto (João do Rio), Pero Vaz de Caminha, Raymundo Magalhães, Raul Pompeia, Tomaz Antonio Gonzaga, Vicente de Carvalho e Visconde de Taunay.