Senado libera internet na eleição, mas limita debate
Fábio Zanini
Após recuo do relator da nova Lei Eleitoral, Eduardo Azeredo (PSDB-MG), o Senado aprovou ontem, em votação simbólica, a liberação da cobertura das campanhas pela internet, mas com uma exceção relativa aos debates.
Apesar de não serem concessão pública, sites e portais de internet terão de seguir as regras estabelecidas para debates organizados por rádios ou TVs: ao menos dois terços dos candidatos precisarão ser chamados, entre eles os pertencentes a partidos com dez parlamentares no Congresso ou mais.
O texto final aponta para duas direções distintas. Ao mesmo tempo em que estabelece regra para os debates na internet, assegura, em outro trecho, que "é livre a manifestação do pensamento, vedado o anonimato durante a campanha eleitoral, por meio da rede mundial de computadores - internet -, assegurado o direito de resposta".
Este texto foi aceito por Azeredo no último momento, após intensa pressão de diversos senadores. A versão inicial do tucano previa punições para sites que expressassem favorecimento a algum candidato, mas sem definir o que seria isso, abrindo brecha para censura.
A matéria agora volta para a Câmara, onde ainda poderá ser alterada pelos deputados. Ela tem que seguir depois para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ser publicada até 2 de outubro para valer para a eleição do ano que vem.
Em razão da incoerência sobre a internet, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) votou contra o texto final. "Não tem sentido colocar restrições ao debate se a internet foi liberada. É uma exigência descabida", declarou o petista.
Azeredo, por ser relator, teria poder de ajustar a incongruência na redação final, mas não fará mudanças. "Está garantida a liberdade da internet, é o que importa. Não há mais como mudar o mérito do texto."
Outras mudanças aprovadas ontem dizem respeito à realização de eleição direta sempre que houver a cassação de mandatos de governadores e prefeitos pela Justiça Eleitoral.
O Senado aceitou incluir a regra no projeto de lei da reforma, rejeitando a alternativa colocada: eleição indireta, por Assembleias e Câmaras Municipais, do sucessor do titular do cargo que perder o mandato na metade final - ou seja, a partir do terceiro ano.
Agora, a eleição direta ocorrerá em qualquer momento do mandato, mesmo que faltem poucos dias para sua conclusão. Por isso, segundo a Folha apurou, deve haver nova mudança na Câmara dos Deputados.
Outras mudanças foram a exigência de que sejam apresentados os currículos na hora de registrar a candidatura, e a permissão para que os sites de partidos possam continuar no ar até o dia da eleição.
Na semana passada, uma emenda do senador Pedro Simon (PMDB-RS) colocou que candidatos devem ter "reputação ilibada", mas sem definir os critérios que mediriam essa exigência.
Foram rejeitadas duas emendas do senador Eduardo Suplicy (PT-SP) que davam mais transparência à prestação de contas eleitorais.
Uma delas exigia a divulgação dos nomes dos doadores ainda durante a campanha. Outra dava mais clareza à chamada "doação oculta", determinando quais os candidatos foram beneficiados por contribuições feitas por pessoas físicas ou jurídicas direcionadas aos partidos.
Hoje, a doação é feita ao partido, que a repassa ao candidato, perdendo-se o vínculo direto entre doador e beneficiado. Também foi rejeitada emenda de Álvaro Dias (PSDB-PR) que permitia a volta dos outdoors para campanhas majoritárias.
Foram recusados a impressão de 2% dos votos eletrônicos e o voto em trânsito para presidente, conforme havia sido incluído pela Câmara.
Folha Online, 16/9/2009. Disponível em .
Em grupo os alunos responderam as seguintes questões:
1) O que significa a expressão "Por uma internet controlada"?
2) Que relação existe entre o controle da internet e as eleições que ocorrerão em 2010?
3) É possível dizer que uma das estratégias argumentativas usadas pelo chargista é a ironia?
4) A charge foi publicada na seção "Opinião" do jornal Folha de S. Paulo. Por quê?
5) Qual a relação entre o texto e a charge?
Estas atividades fazem parte da primeira parte desta oficina.
O gabarito abaixo é fruto da seleção das respostas dos alunos na realização desta oficina.
1- Os alunos fizeram referência a ironia que contém a charge e colocaram que a mesma é um protesto em relação ao controle da Internet nas eleições.
2- Esta questão não foi bem interpretada pelos alunos, mas as melhores respostas alegam que a relação existente é a liberação da Internet nas campanhas eleitorais de 2010 e que para isso algumas regras devem ser respeitadas.
3- Sim, pois não tem sentido colocar restrições ao debate se este acontecerá na Internet.
4- Por que a charge é um meio do chargista expressar sua opinião.
5- A charge faz uma crítica da notícia retratada no texto.
5) Qual a relação entre o texto e a charge?
Estas atividades fazem parte da primeira parte desta oficina.
O gabarito abaixo é fruto da seleção das respostas dos alunos na realização desta oficina.
1- Os alunos fizeram referência a ironia que contém a charge e colocaram que a mesma é um protesto em relação ao controle da Internet nas eleições.
2- Esta questão não foi bem interpretada pelos alunos, mas as melhores respostas alegam que a relação existente é a liberação da Internet nas campanhas eleitorais de 2010 e que para isso algumas regras devem ser respeitadas.
3- Sim, pois não tem sentido colocar restrições ao debate se este acontecerá na Internet.
4- Por que a charge é um meio do chargista expressar sua opinião.
5- A charge faz uma crítica da notícia retratada no texto.
vcs devewm colocar as respostas
ResponderExcluirPara estas atividades não existem respostas prontas. Elas vem do resultado da discussão de cada grupo em sala de aula. Depois a professora elabora um texto referente a todas asrespostas dadas pelos grupos anexa no jornal mural.
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